quarta-feira, 19 de maio de 2010

EDI Parque da Alegria recebe doação de livros infantis


A secretária Municipal de Educação, Claudia Costin, participou da cerimônia de doação de livros infantis para o Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) Parque da Alegria, na manhã desta quarta-feira (dia 19), no Caju. A unidade, que atende 124 crianças na creche e na pré-escola, recebeu 400 obras destinas à Educação Infantil, que passaram a compor o acervo da brinquedoteca do local. A doação faz parte de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e o Instituto Poiesis.


Durante a cerimônia, a secretária Claudia Costin apresentou alguns livros e personagens à única turma de pré-escolar do EDI Parque da Alegria e pediu para cada criança manusear um livro. Obras como O Gato do Mato e o Cachorro do Morro, de Ana Maria Machado, a série sobre os Backyardigans e os livros do dinossauro Barney estiveram entre as escolhas das crianças. 

Os Espaços de Desenvolvimento Infantil foram criados dentro do modelo de atendimento da Secretaria Municipal de Educação para a primeira infância. Um das ações desse novo modelo é o incentivo à leitura desde os primeiros meses de vida. Em cada unidade, que integra a creche e a pré-escola, as crianças têm à disposição uma brinquedoteca especializada na faixa etária de 3 meses a 5 anos e meio. Nos espaços, as crianças são estimuladas a desenvolver, desde pequenas, a aprendizagem por meio da convivência com a literatura, entre outras atividades culturais.

A parceria entre a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e o Instituto Poiesis, que viabilizou a doação dos livros, faz parte do programa “São Paulo: um estado de leitores”, apoiado pela Secretaria de Estado da Cultura paulista. A doação dos títulos foi financiada pelo Banco Daycoval.


SME - Secretaria Municipal de Educação  19/05/2010  » Autor: Juliana Gomes

domingo, 9 de maio de 2010

PROFISSÃO: mãe !?

Há alguns meses, quando pegava as crianças na escola, percebi que uma mãe se aproximara de uma amiga que conhecia bastante. Estava chateada e muito indignada.
Sabe o que você e eu somos ? – lhe perguntou, e antes que a amiga pudesse dar-lhe uma resposta, que na verdade não sabia qual era, ela mesma respondeu. Parece que vinha de uma repartição onde tinha ido renovar sua carteira de motorista. Quando o funcionário que anotava os dados lhe perguntou qual era a sua ocupação, ela não soube responder.
Ao perceber isto, o funcionário lhe disse: - “ao que me refiro é se a Sra. trabalha ou é simplesmente uma... ?”
“Claro que tenho trabalho, lhe contestou, sou uma mãe!”.
E o atendente lhe respondeu: - “não posso por mãe como opção, vamos colocar dona de casa.”.
Foi a resposta enfática do funcionário.
A amiga havia esquecido por completo a história, até que um dia, se passou exatamente o mesmo com ela. A funcionária era obviamente uma mulher executiva, eficiente, elegante, e tinha uma cartela sobre sua mesa onde estava escrito:
“Interrogadora Oficial”:
- “Qual sua ocupação ?” ela perguntou.
Como ela iria responder ? As palavras simplesmente começaram a sair de sua boca:
- “Sou uma Investigadora Associada no Campo do Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas.”
A funcionária deteve a caneta que ficou congelada no ar, e olhou para a mãe como se não estivesse escutado bem.
Repetiu o título lentamente, pondo ênfase nas palavras mais importantes. Logo, observou assombrada como seu pomposo título era escrito em tinta negra no questionário oficial.
- “Permita-me perguntar-lhe”, disse a funcionária com ar de interesse, que é o que exatamente você faz no campo de pesquisa ?
Com uma voz muito calma e pausada, se ouviu sua resposta.
- “Tenho um programa contínuo de investigação (que mãe não o tem?) no laboratório e no campo (normalmente se costuma dizer 'dentro' e 'fora' de casa). Estou trabalhando no meu doutorado (a família completa) e já tenho 4 créditos (todas as suas filhas). Evidente que o trabalho é um dos que mais demanda tempo no campo de humanidades (alguma mãe está em desacordo ?) e usualmente trabalho umas 14 horas diárias (em realidade são mais, algo como 24 horas !). Porém, o trabalho tem muito mais responsabilidades que qualquer trabalho simples, e as remunerações, mais que somente econômicas, também estão ligadas à área da satisfação pessoal.”
Podia-se perceber uma crescente atitude de respeito na voz da funcionária, enquanto completava o formulário. Uma vez terminado o processo, se levantou da cadeira e pessoalmente acompanhou a “Investigadora” à porta.
Ao chegar em casa, emocionada por sua nova carreira profissional, saíram a recebe-la 3 de suas “cobaias” do laboratório, de 13, 7 e 3 anos de idade. Do alto, ela podia escutar a seu novo modelo experimental do programa de crescimento e desenvolvimento infantil (de 6 meses de idade), provando um novo padrão de vocalização.
Sentia-se triunfante !
Havia vencido a burocracia.
Havia entrado nos registros oficiais como uma pessoa mais distinguida e indispensável para a humanidade que somente “uma mãe a mais”.
A maternidade... que profissão mais brilhante. Especialmente quando tem um título na porta.

As diferentes imagens de uma mãe:


- 4 anos de idade... Minha mamãe pode fazer qualquer coisa.
- 8 anos de idade... Minha mamãe sabe muito ! Um montão !
- 12 anos de idade... Minha mãe não sabe absolutamente tudo !
- 14 anos de idade... Naturalmente, mamãe tampouco sabe isto !
- 16 anos de idade... Minha mãe ? Ai ! é tão antiquada !
- 18 anos de idade... Esta velha? Está totalmente fora de época !
- 25 anos de idade... Bem, pode ser que saiba algo a respeito.
- 35 anos de idade... Antes de decidir, porque não pedimos a opinião da mamãe ?
- 45 anos de idade... Me pergunto, que haveria pensado mamãe a respeito ?
- 65 anos de idade... Oxalá pudera comenta-lo com minha mamãe...

Trini
Amagintza - Grupo de Apoyo Lactancia y Maternidad - Espanha
joatri@teleline.es
Traduzido e adaptado por Marcus Renato de Carvalho para www.aleitamento.com